A manhã desta quarta-feira (29) foi marcada por um grande ato de resistência e unidade em frente à UERN. Docentes, técnicos, estudantes e representantes de diversas categorias do serviço público se reuniram ara dizer um firme “não” à Reforma Administrativa e à PEC 38/2025 — conhecida como “PEC do Desmonte”. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, o ato político transformou a entrada da universidade em um espaço de celebração da resistência coletiva e da defesa do serviço público.
“Hoje a movimentação é aqui em frente ao portão da UERN. A UERN está fechada, não há atividade! É um grito que todos e todas estão dizendo não a PEC do desmonte tá dizendo não a pec que vem pra acabar com estabilidade acabar com direitos garantidos e fechar o serviço essencial e público pra todo cidadão e toda cidadã”, destacou o presidente da ADUERN, professor Jefferson Garrido.
Além da ADUERN também participaram do ato representantes do SINTAUERN, SINTE-RN, DCE-UERN além da Vereadora Marleide Cunha.
Em todo o Brasil explodiram atos contra a reforma administrativa e hoje, em Brasília, está sendo realizada uma grande marcha que reúne centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras contra a medida.
Impactos nocivos da PEC do desmonte
Sob a fachada de modernização dos serviços públicos, transparência e fim de privilégios, a nova proposta de reforma Administrativa, conforme o relatório divulgado recentemente, representa uma série de ataques ainda piores que os contidos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, que foi engavetada após intensa mobilização das categorias do funcionalismo público. As medidas promovem mudanças estruturais, que retiram direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores dos serviços públicos municipais, estaduais e federal, especialmente de quem ganha menores salários, e prejudicam de forma significativa a qualidade do atendimento prestado à população.
Segundo Cláudio Mendonça, presidente do ANDES-SN, a Marcha acontece em um contexto de grave ataque aos serviços públicos, por meio do pacote da reforma Administrativa, que inclui uma PEC, um Projeto de Lei Complementar (PLP) e um Projeto de Lei (PL). “A adoção da lógica neoliberal de ‘gestão por resultados’, com a instituição do chamado ‘bônus de desempenho’, representa uma ameaça à estabilidade do servidor público, favorecendo práticas clientelistas e a corrupção, além de comprometer a continuidade dos serviços e ampliar a terceirização”, afirmou.