Vigilantes protestam na entrada da UERN cobrando salários atrasados

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Servidores terceirizados de segurança que atuam na UERN realizaram um protesto em frente à universidade na manhã de hoje. Os vigilantes denunciam a falta de pagamento salarial ainda do mês de novembro e os atrasos recorrentes desde o mês de junho.

 O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes do RN (Sindsergur), Francisco Benedito, explica que os servidores estão há quase dois meses sem receber salários e que a Reitoria da UERN já foi notificada judicialmente por conta da situação. Ele comenta que a Behring Segurança, empresa contratante dos terceirizados, alega que os atrasos são decorrentes da falta de repasses que deveriam ser feitos pela universidade.

 “Ontem já entramos com ação judicial pedindo o bloqueio das contas da UERN, da Behring Segurança e do Governo do Estado. O que vemos é que muitas empresas estão desistindo de trabalhar com a universidade, pois ela não cumpre os acordos firmados.” – afirma o sindicalista.

 O vigilante Milton Barros, que trabalha na UERN há cinco anos, comenta que desde que a terceirização foi implementada na universidade os atrasos e tem sido constantes. “Desde que terceirizou que ‘estamos na peia’. Posso afirmar que desde junho recebemos atrasado todos os meses. O dinheiro até vem, mas nunca na data correta.”


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 Lemuel Rodrigues, presidente da ADUERN, esteve presente no protesto e manifestou o apoio do sindicato aos servidores. Lemuel lembrou que outras áreas que possuem trabalhadores(as) terceirizados(as) na UERN também têm sofrido com os atrasos e falta de pagamento.

 “O problema da terceirização na UERN começa com a falta de garantia de condições de trabalho e salariais para os trabalhadores e trabalhadoras. Temos visto inúmeras reclamações não só dos vigilantes, mas de todos os terceirizados que atuam na universidade. A ADUERN dá apoio ao movimento, sendo solidária à luta, que é justíssima”, reiterou Lemuel.

 Vice-Reitor debate com manifestantes – Durante a manifestação, o Vice-Reitor da UERN, Aldo Gondim, chegou ao Campus Central e debateu com alguns manifestantes. O representante da administração discordou das críticas dos terceirizados e informou que a responsabilidade pelos atrasos era da empresa contratante.

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 “Vejo com preocupação essa mobilização, já que a empresa contratante é a verdadeira responsável por esses pagamentos e a UERN só não realizou os repasses porque ela não enviou a nota fiscal que permite a liberação dessas verbas.” – explicou Aldo.

 Os manifestantes comentaram que a informação divulgada pelo Vice-Reitor não era verdadeira e que o real motivo para a falta de pagamento se dá pelo atraso em mais de 90 dias no repasse que deveria ser feito pela UERN à empresa contratante, que inclusive já teria apresentado as planilhas ao Ministério do Trabalho, comprovando os atrasos. 

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