Vigilantes da UERN cumprem aviso prévio sem saber se receberão três meses de salários atrasados

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A situação dos vigilantes terceirizados que atuam no Campus Central da UERN permanece indefinida. De acordo com eles, todos os servidores da empresa Behring estão sob aviso prévio e devem ser demitidos ao final deste mês, só não foi acordado ainda quem irá pagar os três meses de salários atrasados e indenizações aos trabalhadores.

“Estamos com a expectativa que isso se resolva, são três meses sem nenhuma resposta, nem da empresa, nem da Reitoria da UERN que permanecem em um  jogo de empurra-empurra fugindo com suas responsabilidades. A esperança é que todos os vigilantes sejam recontratados pela nova empresa que vai assumir a segurança da universidade, mas isso também não é certeza”, afirmou um terceirizado.

De acordo com um dos vigilantes, 10 colegas de trabalho já entraram com uma ação judicial reivindicando o pagamento salarial dos meses atrasados. Ele afirma que apesar da situação precária, nenhum dos funcionários abandonou seu posto de trabalho. “Temos compromisso com nosso serviço. Nenhum vigilante faltou um dia sequer de trabalho mesmo com todas as dificuldades financeiras”, destacou.

Os vigilantes agradeceram ao trabalho realizado pela ADUERN, que tem acompanhado e denunciado a grave situação a qual os trabalhadores estão submetidos. “Se não fosse pela ADUERN ainda estaríamos penando na mão desta empresa que vai sair agora. Foi graças ao apoio de vocês que conseguimos denunciar nossas péssimas condições de trabalho e os constantes assaltos ao caixa eletrônico do Campus”, comentou um terceirizado.

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Vigilantes têm passado dificuldades devido à falta de pagamento

Os quase três meses de salários atrasados têm afetado toda a dinâmica de vida dos servidores terceirizados, que sem seus vencimentos, buscam outras formas de sobreviver. Alguns, porém, sofrem total falta de condições para sobreviver, chegando a não ter dinheiro nem para pagar as refeições do dia.

“Nós sabemos que aqui na UERN tem alguns vigilantes que estão passando fome, pois não tem mais de onde tirar dinheiro para se manter. Na hora das refeições nós nos reunimos e repartimos nossas quentinhas com os colegas que estão nessa situação. Eu tenho 29 anos de profissão e felizmente com todo esse tempo consegui abrir um pequeno comércio em meu bairro, e é disso que eu tenho me mantido. Se eu dependesse do salário da UERN estaria em uma situação muito complicada”, afirmou um dos vigilantes.

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