É com repúdio, mas não com surpresa, que a Diretoria da ADUERN, avalia o ofício da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) ao Ministério de Educação e Cultura (MEC), que externaliza a preocupação com o significativo corte no orçamento da instituição em 2019.
Infelizmente o encaminhamento do Governo Federal não nos surpreende, uma vez que tem sido habitual, no Governo ilegítimo de Michel Temer, o ataque reiterado aos direitos sociais e a piora na vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Com o corte no orçamento da CAPES, cerca de 200 mil estudantes e pesquisadores podem ficar sem bolsa já a partir de 2019.
Com isso, além de desestruturar a vida e planejamento de milhares de estudantes que já desenvolvem suas pesquisas atualmente, o Governo Federal vai à contramão do acesso à educação, tornando mestrados, doutorados e pós-doutorados restritos a quem possa estudar sem trabalhar, excluindo assim as parcelas mais pobres da sociedade brasileira, que muitas vezes abrem mão de seus empregos para se dedicar à pesquisa científica e necessitam das bolsas.
No âmbito da graduação, o ataque atinge bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Compreendemos que estes programas são as bases da pesquisa científica no Brasil e porta de entrada para milhares de estudantes, que sem o aporte destas bolsas, dificilmente conseguirão manter seus projetos.
Para nós, professores e professoras da UERN, infelizmente a realidade dos cortes orçamentários, das bolsas escassas ou pagas em atraso, não é nenhuma novidade. A ingerência dos Governos estaduais e a falta de uma política interna concreta que priorize o fomento à pesquisa e extensão são conhecidas por docentes e estudantes da universidade, e o corte nos insumos federais pode tornar esta situação ainda mais insustentável.
Diante disso, manifestamos nossa total indignação com as perspectivas apresentadas no ofício e convocamos toda a comunidade acadêmica da UERN e de todas as universidades públicas brasileiras a resistir a mais este ataque promovido pelos ilegítimos que tomaram de assalto o poder no Brasil e querem retirar todos os direitos conquistados com tanta luta pela classe trabalhadora.
A ADUERN segue Em defesa da ciência, das universidades, do PIBID/PIBIC. Em defesa da educação pública gratuita e de qualidade.
A DIRETORIA