ADUERN EM DEFESA DA DEMOCRACIA, DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DA LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS

 

ADUERN EM DEFESA DA DEMOCRACIA, DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DA LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS

Em assembleia realizada no dia dezoito de outubro de 2018 a categoria deliberou por um posicionamento a favor da democracia, da educação pública e da liberdade de organização política dos trabalhadores. Vivenciamos um contexto que se acirrou no segundo turno das eleições e que tem evidenciado elementos de fascismo e de projetos
contraditórios para o Brasil. Não está em disputa dois projetos dentro do campo democrático, mas sim a confrontação de uma ditadura a ser legitimada pelo voto versus a possibilidade de governabilidade dentro do sistema democrático estabelecido. No que se refere a educação o candidato Bolsonaro considera que há um gasto
suficiente de recursos para essa área e o problema é portanto de ineficiência na administração. Ao considerar que os recursos da educação são suficientes o candidato propõe que sejam retirados recursos do ensino superior para ser direcionado à educação básica. Na nossa compreensão a responsabilidade do Estado deve ser com a educação
pública e de qualidade em todos os níveis e que, portanto, faz-se necessários mais investimentos. É enfatizado no programa de governo deste candidato a necessidade de firmar parceria público privado para o desenvolvimento de pesquisas e incentivar o empreendedorismo. Compreendemos que as propostas de Bolsonaro para a educação
explicitam: congelamento dos recursos; ampliação da privatização do ensino superior.

Todas essas questões são incompatíveis com a luta histórica da ADUERN pela educação pública, gratuita, laica de qualidade. O programa de governo de Bolsonaro explicita a necessidade de privatização das empresas estatais. Para o candidato “o processo de privatizações terá como norte o aumento na competição entre empresas. Esse será nosso foco: gerar mais competição.” Com relação a previdência o candidato defende a necessidade de reformas e propõe que o regime de capitalização deve paulatinamente substituir o regime de repartição. Essas questões evidenciam o caráter extremamente liberal do Estado que exacerba o individualismo e a competitividade. Essas questões também são incompatíveis com a luta histórica da ADUERN contra as privatizações e em defesa da previdência pública e com regime de solidariedade entre os trabalhadores. Diversas falas do candidato Bolsonaro tem tornado público o seu posicionamento pelo fim do ativismo político e inclusive com ataque aos sindicatos. Esse discurso demonstra incompatibilidade com os nossos princípios de liberdade de organização política dos trabalhadores. Na nossa concepção os sindicatos são importantes instrumentos de luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora. A ADUERN tem uma história de luta e de conquistas e desse modo podemos afirmar que todos os ganhos da nossa categoria profissional foram frutos da organização e combatividade desse sindicato.

Nessa perspectiva a categoria em assembleia considerou que a candidatura de Fernando Haddad para presidente tem mais proximidade com os princípios defendidos historicamente pela ADUERN. Nesse contexto, a defesa do sindicato continuará sendo pela democracia, pela ampliação dos direitos dos trabalhadores, pela liberdade de organização política e pela garantia de uma vida com dignidade e sem opressões.

A DIRETORIA

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