Após intensa mobilização da ADUERN e de seus associados e associadas, a Reitoria da universidade enfim devolveu os direitos dos professores e professoras contratados, que, no final do semestre anterior haviam sido informados que não receberiam férias nem décimo-terceiro salário.
O sindicato iniciou, no dia 16 de julho, uma série de denúncias nas redes sociais sobre as medidas anti-trabalhistas adotadas pela reitoria da universidade. Na tese defendida pelo sindicato a UERN tem autonomia para fazer seus contratos e neles garantir os diretos aos servidores. (VEJA MAIS SOBRE ISSO AQUI).
Na tarde de ontem (12), durante assembleia da categoria a administração central se pronunciou, após quase um mês de cobranças públicas e oficiais da ADUERN, e anunciou a mudança no entendimento anterior, que retirava direitos.
Por meio do ofício 40/2021 a Reitoria externalizou sua posição sobre o tema, voltando atrás no entendimento e a partir dos próximos contratos a universidade retoma o pagamento de 13º salário e férias para professores e professoras de contrato provisório.
Vitória merece ser comemorada, mas luta ainda não acabou
Apesar da Vitória ter sido muito comemorada pela categoria e pela direção do sindicato, é importante lembrar que a luta pela garantia dos direitos ainda não acabou. Professores e professoras que trabalharam como contratados na UERN no último período e que encerraram suas atividades seguem sem perspectiva de receber o décimo terceiro e as férias.
O docente Tibério Oliveira destacou, em suas redes sociais, que sua situação permanece indefinida pois a administração central diz não ter dotação orçamentária para pagar o 13º e as férias dos docentes que já tiveram seu contrato rescindido. Confira a publicaçãoOutro problema se refere ao adicional por titulação. A Universidade hoje vem realizando seleções em que o grau de titulação já é pré-definido no edital, portanto um docente com uma titulação superior não receberá nenhum valor a mais por isso. Por exemplo, em um concurso com previsão para título de mestre, mesmo que o docente seja doutor, receberá o valor estipulado para mestre.
“Isso é um completo desrespeito com professores e professoras. Estudamos e batalhamos muito para conquistar esses títulos e negar isso em um processo de seleção é precarizar profundamente nossas relações de trabalho. A Universidade parece querer a contratação de mão de obra qualificada a baixo custo, mas essas medidas, na verdade, só nos colocarão na vanguarda do atraso e da retirada de direitos”, destacou a Presidente da ADUERN, Patrícia Barra