Docentes da UERN recusam indicativo de greve

Após mais de 3h de debates, professores e professoras, reunidos em assembleia da Associação dos Docentes da UERN (ADUERN) durante a manhã e início da tarde de hoje (6), definiram, por ampla maioria, rejeição ao indicativo de greve.

Agora, a Comissão de Mobilização e Negociação Docente buscará audiência com a Reitora da Universidade, Cecília Maia, para apresentar oficialmente o resultado da assembleia e o conjunto de sugestões dadas pelos docentes presentes. O objetivo é dar continuidade à negociação com a administração central.

A categoria, recebeu durante a assembleia, uma proposta reformulada da reitoria. A proposta apresentada diz:

1.             implantação, em 2023, da tabela do PCCR docente com aumento de 5% no salário base, para todas as classes e todos os níveis;

2.             implantação, em 2024, da tabela 3, com elevação da titulação: 10% para a Classe I; 26% para a Classe II e 55% para a Classe III;

3.             antecipação da tabela 4, de 2025 para 2024, com aumento linear de 10% no salário base;

4.             assinatura de uma Carta-Compromisso perante as categorias docentes e técnico-administrativa para, a partir de 2025, construir uma campanha salarial, discutindo a reposição de perdas, dentro das condições garantidas pela autonomia financeira.

Lembrando que a proposta da ADUERN é de 15%; 20%; e 30,4% para o período 2023 a 2025. Além de outras demandas como a averbação, o retornos dos antigos percentuais de titulação., por exemplos.

A Direção da ADUERN reconhece que houve avanço na proposta da reitoria e espera que avance um pouco mais no que se refere ao percentual de 2023.

“Com 5% de reajuste tem professores que terão menos de R$ 300,00 de aumento em seu salário,  o que é um desestímulo, pois não cobre nem a inflação de 2022, que será de aproximadamente 6%”, comentou o presidente da ADUERN, Neto Vale, que destacou a felicidade do sindicato com a ampla participação dos professores e professoras na sede do sindicato e também nos cinco campi da universidade.

“Vimos um exemplo do debate democrático na esfera sindical. Queremos que todas as nossas assembleias sejam lotadas desse jeito e que o contraditório, o plural, seja sempre respeitado. Hoje, mesmo com as dificuldades técnicas, tivemos associados de Assu, Patu, Caicó, Pau dos Ferros e Natal participando ativamente da assembleia. Enviando propostas e votando em cada ponto de pauta”, finalizou Neto.  

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