A ADUERN participou, durante a última semana, da Jornada de Mobilização sobre Assuntos de Aposentadoria do ANDES-SN “Ontem, hoje e amanhã”. A entidade foi representada pelas suas diretoras do setor de aposentados Otília Neta e Elza Helena. Realizada na sede do Sindicato Nacional, em Brasília (DF), a atividade reuniu mais de 70 docentes, de 26 diferentes seções sindicais.
A primeira mesa do evento abordou o tema do encontro e tratou sobre o passado, o presente e o futuro da previdência das e dos docentes, com a participação do deputado federal Idilvan Alencar (PDT/CE), presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, Leandro Madureira, da Assessoria Jurídica Nacional do ANDES-SN e da professora Sara Granemann, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a mediação de Zuleide Queiroz, 2ª vice-presidenta do ANDES-SN.
A segunda mesa trouxe como temática “Os impactos das carreiras docentes na aposentadoria”, com as exposições de Virgínia Márcia Assunção Viana, da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e Amauri Fragoso de Medeiros, 1º Tesoureiro do ANDES-SN, e mediação da 1ª vice-presidenta da Regional Planalto do Sindicato Nacional, Neila Souza, também da coordenação do GTSSA.
Na manhã de quarta-feira (29), segundo dia da Jornada, as e os 70 docentes levaram a pauta de luta do ANDES-SN pela revogação da reforma da Previdência, contra o Funpresp e pela reestruturação da carreira docente ao Congresso Nacional.
A parte da tarde foi reservada para uma roda de conversa entre os e as participantes da Jornada, para troca de experiências, relatos sobre as realidades locais e também percepções e avaliações dos debates da Jornada.
“A situação da carreira docente é muito preocupante. Precisamos ficar atentos”
Para as diretoras da ADUERN, a situação da carreira docente em todo o país é muito preocupante e a jornada de assuntos de aposentadoria mostrou que esta crise não impacta apenas os professores e professoras aposentados.
“É urgente que todos os docentes abram os olhos em relação às carreiras e o caos que está sendo imposto à maioria dos trabalhadores e trabalhadoras das universidades brasileiras. Hoje, com teto da previdência, o máximo que um professor se aposenta é com R$ 7 mil e quase ninguém consegue chegar a esse valor. Inclusive muitos pensionistas, até mesmo na UERN estão sendo pegos de surpresa, pois suas pensões estão bem aquém do que era esperado” narrou Elza
Otilia Neta reforçou os riscos da reforma da previdência aprovada em 2020 e chamou a categoria à luta contra a precarização das condições de vida. Ela lembrou que, diferente do que se pensa, a realidade apresentada durante o evento não atinge apenas os professores e professoras das universidades federais.
“A reforma da previdência não é tranquila como muita gente pensa. Quem ainda não teve prejuízos diretos em seus vencimentos certamente terá perdas quando se aposentar. A maioria das pessoas pensa que nunca vai chegar a hora da aposentadoria, mas é neste momento que mais precisamos de condições financeiras para custear nossas necessidades. É preciso lutar contra o achatamento dos nossos vencimentos”, finalizou.