ADUERN participa de audiência com o Governo hoje (01) para solicitar fim das lista tríplice para reitor e vice reitor na UERN

A ADUERN participa durante a manhã de hoje (01), de audiência com a governadora Fátima Bezerra, em Natal, para tratar de assuntos relevantes à comunidade Uerniana. A reunião que foi solicitada pelo sindicato (veja ofício) foi confirmada no último dia 28 de agosto e contará também, com a presença do Reitor Pedro Fernandes e do Presidente do Sindicato dos servidores técnicos administrativos, Sr. Elineudo.

Conforme o que foi deliberado pelos docentes em assembleia, a ADUERN entregará ao Governo minuta de projeto elaborado pela assessoria jurídica do sindicato que altera a Constituição do estado. Pelas modificações propostas, caberá ao chefe do executivo não mais fazer a escolha entre os três indicados informados pelo CONSUNI, mas nomear como reitor e vice-reitor os docentes eleitos por meio de votação secreta pelo conjunto de toda a comunidade acadêmica.

A discussão sobre essa temática foi impulsionada após a decisão da Reitoria que instituiu listas tríplices também na escolha dos chefes de departamento (VEJA MAIS SOBRE ISSO AQUI). A decisão gerou enorme repercussão negativa tanto na comunidade interna como externa.

“De fato, pode parecer muito contraditório solicitar ao governo que elimine as listas tríplices para reitor e vice-reitor enquanto que no interior da universidade, as listas para os dirigentes das unidades acadêmicas foram mantidas pelo CONSUNI com a aprovação do novo estatuto em 2019 e agora, por proposição da atual gestão da Universidade, foram ampliadas até para escolha das chefias de departamento. É inimaginável pensar que o reitor precise dar o seu aval para que as nossas escolhas sejam aceitas. A meta deve ser a gestão democrática na Universidade, mas isso se assemelha mais a uma liberdade vigiada. Por isso, a ADUERN travará sua luta pela democracia nessas duas frentes. Externamente, junto ao governo do Estado, no que diz respeito a nomeação do reitor e vice e, internamente para que as normativas internas sejam modificadas e a vontade da maioria, no que tange a gestão das unidades universitárias e departamentos, seja sempre respeitada”, explica a presidente do sindicato, Patrícia Barra que participará da audiência representando a ADUERN.

Aliado a isso, a recente intervenção no IFRN e a nomeação da candidata da lista tríplice com menor número de votos na UFERSA, também reforçaram a urgência da realização desta discussão.

Na pauta também está a discussão sobre a carreira e a defasagem dos salários dos docentes, onde a ADUERN solicita ao governo que dê andamento a atualização do Plano de Cargos, Carreira e Salários.

O último reajuste salarial dos docentes foi concedido por uma lei aprovada em 2012, parcelado até 2014. Naquele ano um novo acordo salarial foi feito com a governadora Rosalba e não fui cumprido. Desde então, nenhuma outra negociação sequer foi iniciada.

“A situação se torna mais dramática porque o plano de carreira dos docentes aprovado em 1989, já tem 31 anos de idade e não acompanhou as mudanças na carreira docente do magistério superior. As universidades federais conseguiram unificar suas carreiras e, todas as universidades estaduais do Nordeste, com exceção da UERN, readequaram seus planos. Com a UERN ficando a margem de toda essa discussão, os seus docentes com maior titulação são hoje os mais prejudicados por terem uma carreira com menor número de nível. Atualmente, 91% dos docentes efetivos tem título de mestre e ou doutores, mas como isso não se reverte no devido benefício, todos os anos a UERN perde profissionais muito valiosos para as outras instituições de ensino”, afirma mais uma vez a presidenta.

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