A ADUERN realizou, na manhã de hoje (7), assembleia da categoria para debater os passos da campanha salarial 2022 e o processo de implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos docentes da universidade.
No primeiro ponto da pauta da Assembleia, o vice-presidente da ADUERN, Francisco Ramos Neves, apresentou à categoria o resultado dos questionários aplicados aos professores e professoras sobre o retorno às aulas presenciais. O questionário é fruto de uma ação do sindicato, visando compreender o retorno das atividades em meio à pandemia de covid-19 e os impactos disto para os docentes da UERN. O resultado completo do questionário será disponibilizado à categoria e discutido na próxima assembleia.
Campanha Salarial – No que se refere à campanha salarial, foi realizado um amplo debate sobre a necessidade de recomposição nos vencimentos dos professores e professoras. A Diretoria destacou que a recente implantação do PCCR representou, para alguns professores e professoras, um alívio financeiro, mas que isso não significa de fato um reajuste e sim apenas a adequação a um novo enquadramento da carreira. A luta pela valorização da categoria passa diretamente por uma campanha salarial articulada, que envolva a base e que reforce a importância de urgente reparação pelos mais de dez anos de arrocho na universidade.
Dentre os encaminhamentos aprovados, destaca-se a formação de uma comissão, com participação da Diretoria, base, aposentados e ativos para analisar e discutir o percentual de defasagem salarial da categoria. Esse percentual e a metodologia utilizada para sua definição devem ser apresentados em assembleia, já na próxima semana, e discutidos pelo conjunto da categoria. Além, da Diretoria, comporão a comissão o professor Lemuel Rodrigues e as professores Aione Maria e Moêmia Gomes.
PCCR – Sobre o PCCR, a assembleia realizou amplo debate, com apresentação de diversos pontos considerados frágeis e/ou questionáveis no novo documento. A Diretoria reforçou a posição de que o plano é uma conquista para a categoria, mas que precisa de melhoras. Para o sindicato, tais modificações poderiam ter sido feitas antes do envio do documento final, mas uma decisão da categoria em assembleia determinou a forma como o PCCR foi à Assembleia Legislativa.
O assessor Jurídico da ADUERN, Lindocastro Nogueira, foi convidado para apresentar aspectos jurídicos do plano e responder dúvidas dos associados e associadas. Ele avaliou que já eram previsto problemas no plano, haja vista a diversidade da categoria e a generidade do documento, que provocou um novo enquadramento de toda a categoria na carreira docente, agravados por uma interpretação equivocada da Reitoria na hora de realizar os enquadramentos.
Segundo ele, é importante que todos e todas que se se sentirem prejudicado pelo novo PCCR, e, em especial, quem identificar erros em seu contracheque, façam um requerimento solicitando a revisão do enquadramento por parte da universidade. Ficou definido na assembleia que a Assejur da ADUERN vai enviar um documento à reitoria, com considerações sobre como fazer o enquadramento sem causar nenhum prejuízo aos docentes e respeitando os direitos de professores e professoras.
O Presidente da ADUERN, Neto Vale, foi enfático na defesa das melhorias no PCCR. Segundo ele, era nítido, desde a sua concepção, que o plano tinha problemas muito específicos que, quando implementado, causariam grande frustração em uma parcela considerável da categoria. Ele lamentou que representantes da atual gestão da universidade não tenham comparecido à assembleia para ouvir as críticas sobre o plano e responder às demandas dos colegas.
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“É preciso ter a seriedade e serenidade para afirmar que o Plano aprovado não é tão bom quanto gostaríamos e que a pressa por encaminhá-lo fez com que deixássemos de corrigir erros determinantes. Agora temos que estar ainda mais unidos e articulados para garantir a correção nas fragilidades e anomalias que vieram presentes neste documento. Lamento que os colegas da Reitoria tenham faltado a uma assembleia tão importante onde precisávamos ouvir o porquê de alguns entendimentos” comentou Neto.