Assembleia discute estratégias na luta contra os ataques aos trabalhadores da UERN

Professores (as) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) paralisaram todas as atividades na manhã de hoje (10) e realizaram assembleia geral no portão do Campus Central, em Mossoró. A parada teve como motivação os recorrentes atrasos nos salários e os ataques quem vem sendo promovidos contra o regime democrático e os direitos trabalhistas.

Durante a assembleia foram debatidos temas importantes na dinâmica do funcionalismo público estadual, em especial para os/as docentes.  Um destes temas se referiu ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 10/ 2014. A Proposta de emenda, de autoria do Senador Inácio Arruda (PCdoB), defende a criação de sistema único de educação superior, com moldes semelhantes aos do SUS, mas que não explicita como realizará o financiamento para as universidades estaduais.

Também foi tema de discussão entre a categoria, o avanço do projeto “Escola sem partido”, que se refere à criação de leis de disciplinamento e punição dos docentes que praticarem ações consideradas por seus autores como “doutrinação ideológica”. Os (as) professores (as) debateram sobre o teor preocupante da proposta e relembraram a importância do direito à autonomia pedagógica dos docentes e do desenvolvimento do pensamento crítico dentro de sala de aula.

Ainda foi tema de discussão, a Semana de Lutas das IEES, convocada pelo ANDES/SN e a criação de um Fundo de Greve das Estaduais, proposta também encabeçada pelo Sindicato Nacional. Durante a assembleia também foram eleitos representantes para a Comissão Permanente de Pessoal Docente – CPPD e Conselho Curador. Eliana Filgueira (FE) foi escolhida para a CPPD e Fernanda Marques (FASSO) e Alessandro Nóbrega (FE) foram conduzidos ao Conselho Curador.

Com salários atrasados, servidores discutirão indicativo de greve dia 20

A Assembleia dos docentes da UERN  definiu que discutirão um indicativo de greve para o dia 20/05, em repúdio aos constantes atrasos salariais e reivindicando o pagamento até o último dia do mês trabalhado.

A ADUERN já impetrou uma ação judicial cobrando o pagamento dos salários em dia, infelizmente a ação permanece parada e sem nenhuma resposta concreta para os(as) trabalhadores(as).

“Estamos realizando este debate pela via judicial, que até agora não foi suficiente. Desde o início do ano, já temos somados 21 dias de atrasos salariais e o indicativo de greve é uma forma de mostrarmos que ficaremos apáticos diante de tal situação. Não obstante nossa defasagem salarial, ainda temos que conviver com constantes atrasos e a falta de uma calendário que nos possibilite um planejamento financeiro”, afirmou a diretora da ADUERN, Patrícia Barra.

Durante a tarde de hoje, representantes do Fórum de Servidores Estaduais, incluindo o vice-presidente da ADUERN, Gautier Falconieri, participam de audiência com o Governo do Estado, a fim de cobrar uma saída para os atrasos salariais, que tem infringido perdas a várias categorias do serviço público.

As atividades político-culturais da ADUERN terão continuidade a partir das 18h, em frente aos portões do Campus Central, em Mossoró. Com apresentação de grupos musicais, recital de poesias e debate acerca sobre a situação dos docentes da UERN.

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