Assembleia extraordinária é retoma com discussão sobre auxilio saúde, ensino remoto e paridade.

Os professores e professoras da UERN participaram na tarde da quarta-feira (02) da conclusão da Assembleia Geral Extraordinária convocada para o dia 26 de novembro (quinta-feira) pela plataforma virtual ZOOM que foi suspensa em razão do seu prolongamento. As exigências e o desgaste do trabalho remoto tornam inviáveis um tempo de discussão online superior a 3 horas de duração. 

A assembleia se iniciou com a inclusão do ponto de pauta “Esclarecimentos da administração da UERN sobre o auxílio saúde”. Conforme encaminhado pela categoria no primeiro momento da assembleia, a diretoria solicitou a gestão da UERN a indicação de nomes para realizar esclarecimento, sendo prontamente atendida com a disponibilidade de participação da profa. Jéssica Neiva, pró-reitora da PROGER, profa. Denise Vasconselos da PROPLAN e da TNS Taisa Cristina da AJR. Após as falas iniciais das convidadas foi aberto espaço para os questionamentos da categoria e definido o encaminhamento de que a Administração da UERN e os sindicatos devem buscarem novamente do governo do Estado para agilizar uma solução.

Um impasse foi gerado entre IPERN e administração da UERN sobre quem tem competência para fornecer certidão de conformidade da referida despesa, uma vez que o IPERN alega vedação constitucional de pagar qualquer verba de natureza não remuneratória aos aposentados e a Administração da UERN afirma não ter competência para realizar despesa cuja folha é de responsabilidade do IPERN.

 Por sugestão da Gestão da UERN uma consulta foi realizada a procuradoria Geral do Estado. Esse encaminhamento não teve o acordo da ADUERN. “A lei que criou o auxílio saúde também definiu que o mesmo deve estar previsto no orçamento da UERN e as revisões devem ser feitas de forma autônoma pelo Conselho Diretor não parecendo necessário buscar respaldo fora da universidade.

“Tal caminho só nos faz perder tempo. A aprovação de lei completar 173 evidenciou como nossos direitos estão ameaçadas demoras nos expõe ainda mais aos riscos de perdas. Mas uma saída deve ser encontrada pois o auxílio saúde é um direito garantido em lei e adicionais de natureza semelhante são pagos também a servidores ativos e aposentados de outros órgãos do estado”, destacou a Presidente da ADUERN, Patrícia Barra.

Em seguida se passou a discussão do ensino remoto. Embora o calendário para o semestre 2020.2 já tenha sido aprovado pelo CONSEPE se confirmou a necessidade de avaliação constante do processo. Para orientar as discussões, a ADUERN preparou um questionário que foi respondido por 214 docente para verificar os efeitos do ensino remoto no âmbito da saúde/bem-estar/relações familiares, impactos financeiros e aspectos pedagógico.

Um total de 77,7% dos respondentes afirmou que o ensino remoto alterou sua rotina familiar, 73,8% disseram não ter tempo ou o tempo foi insuficiente para descanso e o lazer,  43% afirmaram que o ensino remoto elevou suas despesas mensais, 71,2% consideram importante o recebimento de um auxílio para fazer frente às novas exigências de equipamentos e qualificação e 45,9% disseram que estão passando mais de 8 horas à frente do computador ou outro eletrônico.

Quanto a saúde docente diversos problemas foram elencados, tais como irritação dos olhos, dores nas articulações, mudanças de humor, distúrbios circulatórios, problemas gastrointestinais entre outros. Um total de 65,6% afirmou que se sente estressado, 47% com distúrbios no sono e 68% com dores na coluna.

“Esse quadro é muito alarmante e mostra o impacto desse trabalho nas nossas vidas. Por isso precisamos estar atentos, pois embora só devamos voltar ao presencial com garantia de nossa saúde, também não podemos permitir que essa nova forma de trabalho comprometa nossa saúde mental, física e financeira, afirmou Flavia Spinelli, secretária da ADUERN.

O resultado geral do questionário pode ser acompanhado no site criado pela diretoria no endereço abaixo. Os que ainda não participaram podem fazê-lo por meio de um link no mesmo endereço.

https://sites.google.com/uern.br/aduern-ere-uern

Com relação a paridade, de acordo com a diretoria da ADUERN existe uma contradição entre a Resolução que aprova as normas das eleições no âmbito da universidade e o Estatuto aprovado em 2019.

O estatuto afirma que as eleições são paritárias como um princípio absoluto, mas a fórmula apresentada na resolução só garante a paridade condicionada ao comparecimento de todos os votantes e que todos os votos sejam válidos.

“A categoria docente era detentora de 75% do poder de decisão na UERN e mesmo assim lutou pelo sistema paritários onde não houvesse diferenças. Se todos os segmentos contribuem com a UERN a decisão deve ser igualitária por todos. Mas não podemos aceitar um sistema de peso desigual. Nosso compromisso com a democracia nos impele a imediatamente buscar uma solução satisfatória, afirmou Kelania Mesquita, vice presidente da ADUERN.

Uma comissão for formada para fazer um estudo junto a diretoria da ADUERN e apresentar uma proposta para ser apresentada à categoria. Como membros da base se disponibilizam o prof. Gaultier Falconieri e a profa. Elza Helena. Representando a diretoria as professoras Kelania Mesquita e Patrícia Barra se colocaram à disposição.

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