Bate papo entre sindicatos desvela impactos da Covid-19 na educação potiguar

Aduern, Sinasefe e Sinte debateram, durante a manhã de ontem (25), acerca dos impactos da covid-19 para o segmento da educação no Rio Grande do Norte.

A discussão, que nesse modelo é conhecida como “Webinar”, foi transmitida ao vivo pelo Facebook da Aduern que semanalmente tem realizado debates com esta metodologia e, contou com a participação da presidente do sindicato, Patrícia Barra, a coordenadora geral do Sinasefe, Marta Medeiros e o coordenador regional do sinte, Jean Carlos.

A dirigente do Sinasefe, entidade que representa os trabalhadores e trabalhadoras do IFRN, destacou em sua fala que a pandemia escancarou os ataques do capital aos direitos sociais e sua intenção de desmonte da educação pública.

“Os sindicatos e movimentos sociais precisam estar atentos e em diálogo com a classe trabalhadora. A pandemia abriu um novo momento das relações de trabalho, onde os patrões encontram formas de explorar e precarizar ainda mais os trabalhadores. O ensino remoto é mais uma ferramenta nesse processo de precarização. É preciso combater isso fortemente” comentou Marta.

A presidenta da Aduern destacou que a pandemia do Coronavírus impôs a criação urgente de alternativas para a educação, mas que é fundamental que todas essas alternativas sejam pensadas por educadores e entidades do segmento educacional, e calcadas no conhecimento de qualidade, crítico e técnico.

“Muitos afirmam que haverá um mundo pós-pandemia, então nossas ações presentes serão os alicerces da educação pública nesse novo mundo, por isso precisamos incentivar o debate e pôr a prova as alternativas trazidas, para que elas não nos afastem, por pouco que seja, do que arduamente conquistamos e do nosso compromisso com a educação inclusiva, o ensino de qualidade, a valorização dos docentes e a humanização das relações”, afirmou Patrícia.

O Coordenador do Sinte avaliou que o ensino remoto não pode ser visto como um modelo-fim para a educação brasileira, uma vez que este formato não contempla a realidade de todos os estudantes do país e precariza o trabalho exercido por docentes e auxiliares.

“O pós-pandemia nos trará uma série de desafios que terão de ser debatidos por toda a sociedade. A instituição, nesse momento, da chamada educação remota, sem analisar as particularidades de cada escola, cada região do país e de cada aluno, nos mostram os perigos trazidos pelo pensamento majoritário dos gestores e órgãos que coordenam a educação pública brasileira. A educação remota é excludente”, comentou Jean Carlos.

Confira o debate na íntegra 

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