Texto do Professor Valdomiro Morais, presidente da ADUERN
Hoje, é com muita tristeza, indignação, preocupação e revolta, que “descomemoramos” os 100 dias de paralisação na UERN. É absurda a falta de compromisso com a educação e com os jovens desse Estado: são 100 dias sem as aulas e sem atividades de pesquisa e extensão.
O que será que se passa na cabeça dessa juventude, que de uma hora pra outra vê seus diretos de continuarem sua formação serem usurpados, por um governo que deixa de cumprir um acordo feito, não só com as entidades, mas sim, com toda uma comunidade universitária?
Diante deste quadro, essa paralisação se encaminha para ser a maior greve desse estado, triste “recorde”.
Esse longo período de greve provoca, tanto nos estudantes, quanto nos docentes e técnicos, o desestímulo. Nossos servidores começam, pouco a pouco, a pensar em fazer concurso para outras universidades.
Por mais de uma vez, o governo/reitoria nos prometeu encaminhamentos e uma proposta, que não passaram de meras promessas. Na última quinta-feira, 27 de agosto, o governo recebeu a ADUERN e SINTAUERN, na presença do procurador do Estado, reitor da UERN e demais presentes. Lá se comprometeu a nos entregar um documento, que seria remetido por ele a Assembleia Legislativa, na sexta-feira dia 28, e até o momento não foi encaminhado.
Entramos em contato com a Chefa de Gabinete do Governador e ela nos informou que ainda falta receber uma consulta jurídica para poder encaminhar o projeto de lei para a AL.
ADUERN e SINTAUERN não tem medido esforços para resolver esse impasse, mas as partes que podem e devem apresentar soluções não as apresentam. Por isto, para mim, hoje é um dia de tristeza, indignação, preocupação e revolta. São 100 dias, que esperamos sem nenhuma comemoração. São 100 dias sem nada.