Com dois meses de salários atrasados, terceirizados da UERN paralisam atividades novamente

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Servidores terceirizados da UERN paralisaram suas atividades novamente na manhã de hoje (13). Os Assistentes de Serviços Gerais (ASG’s) realizam neste momento um protesto no portão de entrada do Campus Central, em Mossoró, reivindicando o pagamento de dois meses de salários e o repasse das férias de 30 servidores, que inclusive já retornaram aos postos de trabalho.

“Paralisamos nossas atividades porque não recebemos os salários de Janeiro e Fevereiro. Além disso, 30 pessoas entraram de férias no dia 17 de Fevereiro, algumas já retornaram ao trabalho e até essa data não receberam suas férias. Conversamos com o vice-reitor na sexta-feira (10) e ele disse que a universidade pagaria uma das faturas em atraso. Até agora nada foi pago nem repassado para nossa conta”, explica o ASG Alex dias.DSC_0662

Os terceirizados confirmaram que só retornarão aos postos de trabalho assim que o pagamento dos dois meses e as férias forem depositados em suas contas. De acordo com a categoria, os atrasos salariais são fruto dos reiterados atrasos nos repasses para a empresa Solaris, que é a administradora do serviço de limpeza na UERN.

“Trabalhamos em condições ruins, somos cobrados, taxados, chamados de vagabundos, e tudo isso com dois meses sem salários. Temos colegas que estão se alimentando graças ao apoio coletivo, com cestas básicas compradas por nós. Nestas condições não temos nenhuma empolgação para executar nossas tarefas, fazemos simplesmente por obrigação. Nós nos locomovemos para a UERN pagando combustível, de carona, acordando cedo e muitas pessoas da universidade não levam isso em consideração”, afirma o ASG Jônatas Milhomem.

Os terceirizados lembram que não é a primeira vez que a categoria paralisa as atividades nos últimos seis meses. Em outubro de 2016, ASG’S e vigilantes também abandoaram seus postos de trabalho em protesto aos atrasos salariais e os mais de seis meses sem repasse dos valores de contrato à empresa responsável. Na oportunidade, a UERN teve que suspender suas aulas até o retorno dos servidores.

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