Estudantes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) realizam amanha um ato público a partir das 8h em frente ao Teatro Municipal Dix-Huit Rosado. A atividade visa reivindicar o fim da paralisação na universidade, que já ultrapassa 90 dias, e denunciar as deficiências estruturais na instituição.
“Esse movimento surgiu porque estamos tendo muito prejuízo com essa paralisação na UERN, e, além disso, não estávamos vendo muitas iniciativas do movimento estudantil em protestar contra este descaso, por isso resolvemos sair às ruas e nos posicionar”, afirmou Ernani Leão, estudante do curso 3º Período de Medicina.
Ernani explicou que a data foi escolhida por marcar os três meses de paralisação dos docentes, servidores técnicos e estudantes da universidade. Ele lembrou que os manifestantes levarão um bolo simbólico, que ironicamente vai descomemorar a falta de resolução para a greve das categorias.
A estudante do 3º período de medicina, Lídia Barisic, comentou que o movimento busca agregar todos os alunos da Uern, independente do curso. Ela lembrou que apesar da distância física, a Faculdade de Medicina também sobre com as mesmas deficiências estruturais que toda a universidade.
“Muitas pessoas acham que a Faculdade de Medicina tem uma realidade diferente do resto da Uern, mas apesar de estarmos em outra localidade, a falta de condições é a mesma. Também não temos, muitas vezes, o básico para poder se manter estudando aqui”, afirmou Lídia.
A estudante Juliana Macedo, que faz parte da atual diretoria do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e participa do movimento promovido pelos discentes, explicou que a atividade amanhã começa com uma oficina de cartazes e que após isso os manifestantes discutirãoo se devem sair nas ruas de Mossoró.
Comando de Greve – O Comando De Greve docente da Uern definiu em reunião que irá participar da atividade promovida pelos estudantes, dando apoio e força ao movimento. De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), Valdomiro Morais, a manifestação mostra como a falta de resolução para a greve tem afetado toda a comunidade acadêmica.
“Percebemos que a paralisação impacta a sociedade de maneira retumbante e esperamos que o Governador enxergue que todos os segmentos da universidade saem prejudicados com isso. Os estudantes entendem a motivação de nossa greve e vão às ruas pressionar o governo a cumprir o acordo que firmou no ano passado. Nós estaremos lá dando apoio e força a esse movimento”, destacou Valdomiro.