A madrugada de hoje marcou mais uma tentativa de arrombamento aos caixas eletrônicos instalados na UERN. Segundo os vigilantes, 15 homens invadiram as imediações da universidade e só não concretizaram o crime porque os servidores rapidamente acionaram a polícia, que chegou ao local e impediu a ação, mas não efetuou nenhuma prisão.
Os vigilantes comentam que a rotina de insegurança é constante dentro do campus e que não é a primeira vez que os caixas eletrônicos são alvo da ação de bandidos. “Da última vez que isso aconteceu fomos rendidos e colocados de joelhos pelos criminosos. Desta vez os vigilantes conseguiram se esconder dentro de uma sala e acionaram o 190”, explicou um servidor*.
Os funcionários comentam que a falta de salários é outro fator que deixa os profissionais desestabilizados. De acordo com eles já são 60 dias de atraso e muitos vigilantes já não tem mais como pagar suas contas. A previsão dada pela UERN é que os pagamentos serão feitos na próxima terça-feira (12). A ADUERN conversou com alguns vigilantes.
“Vemos que é um grande jogo de empurra-empurra entre a UERN e a empresa que contrata os terceirizados, cada uma fugindo das responsabilidades com nossos pagamentos. Temos vários colegas de trabalho que estão se mantendo com a ajuda da família, alguns já chegaram ao seu limite e pensam em desistir de trabalhar aqui”, afirmou um vigilante.
Outra reclamação dos trabalhadores se dá quanto à total falta de estrutura para o exercício da profissão. Os vigilantes comentam que não utilizam armas, realizando a proteção do Campus com cassetetes. Eles criticam a falta de outros equipamentos de proteção como tasers e, principalmente. de rádios comunicadores, que facilitariam a interação e proteção dos mesmos. “Aqui quem tem rádio comprou do próprio bolso. A UERN afirma que essa responsabilidade não estava prevista no contrato, por isso não temos o equipamento”, destacou um servidor.
* Os nomes dos servidores foram ocultados para preservar sua segurança e garantir estabilidade em suas funções.