Insegurança no CAMEAM: Número de vigilantes é insuficiente e Ministério Público quer entender o porquê.

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Não é de hoje que o Campus Avançado Maria Elisa de Albuquerque Maia (CAMEAM), em Pau dos Ferros, sofre com a falta de segurança em suas instalações. Apesar de ser um dos mais antigos da instituição, o campus convive com uma rotina de roubos, furtos e arrombamentos de veículos, que se intensificou a partir da drástica redução no número de vigilantes que atuam na unidade. A ADUERN já havia denunciado, em janeiro de 2016, a preocupante condição do CAMEAM (veja aqui).

De acordo com o representante da ADUERN em Pau dos Ferros, Gilton Sampaio, a situação começou a se agravar em novembro de 2016, quando houve uma mudança na empresa de vigilância do campus.

De acordo com a Direção do CAMEAM, em 2015 a unidade possuía 18 funcionários para fazer o trabalho de segurança, número definido a partir de um parecer técnico realizado pela administração da UERN (PROAD/UERN), em parceria com a direção do Campus, atendendo normas nacionais de segurança. Após o processo de terceirização, foi imposta uma redução no número de servidores e o contrato firmado determinou que deveriam ser 14 vigilantes na unidade, o que já era considerado preocupante pela comunidade acadêmica.  

 Segundo Gilton, após inúmeros incidentes, a empresa terceirizada ainda surpreendeu a comunidade informando que era inviável manter os 14 vigilantes, podendo garantir apenas 8 servidores. Gilton afirma que esta quantidade, que é completamente irrisória, não foi cumprida ao longo desses três meses, e que houve momentos em que apenas um ou dois seguranças “garantiam” a proteção de todo o campus.

Outro ponto controverso se dá pelo fato de que até hoje a Direção do Campus ainda não possui uma relação oficial com os nomes dos vigilantes que atuam na unidade. “Não sabemos quem são os funcionários que trabalham aqui, a empresa se nega a repassar essa informação”, destaca Gilton.

A situação extrema fez com que a comunidade acadêmica cobrasse da Reitoria uma posição urgente ( veja a cobrança no anexo 1).  O documento, enviado no dia 24 de novembro, narra a situação do campus e foi assinado por dirigentes da unidade. No dia 05 de janeiro, a Direção do CAMEAM enviou um novo ofício à administração central, reiterando a falta de segurança e mostrando o agravamento da situação ( veja o ofício no anexo 2).

Diante da morosidade da administração e da empresa em sanar a demanda, a representação da ADUERN acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público Estadual (MPE), que agora querem entender porque um campus com centenas de docentes e estudantes não possui segurança mínima.

A audiência com o MPT foi realizada na manhã de ontem (veja a convocação no anexo 3) e a situação foi apresentada aos procuradores, que devem convocar em breve a reitoria da universidade e empresa a prestar esclarecimentos.

“A audiência foi muito positiva, tivemos a oportunidade de apresentar o panorama da insegurança em nosso campus e percebemos que o promotor ficou chocado com o que relatamos. Agora ele vai analisar os documentos e dará continuidade ao processo, convocando as partes. Esperamos que isso se resolva rapidamente e de forma a garantir nossa segurança, de nossos estudantes e de todos que fazem a UERN em Pau dos Ferros”, concluiu Gilton.

Anexo 1 – Documento enviado em 24 de novembro de 2016

Anexo 2 – Documento enviado em 05 de Janeiro de 2017 

Anexo 3 – Convocação do Ministério Público do Trabalho à representação da ADUERN em Pau dos Ferros. 

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