Melhorias adquiridas para a Uern permanecem encaixotadas

  Não é de hoje que as dificuldades financeiras da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) têm sido comentadas e expostas por seus servidores e discentes, que rotineiramente são expostos a situações vexatórias, com a falta de condições básicas para trabalhar ou estudar.

Recentemente, outra realidade tem se tornado notória nos corredores da Universidade. Equipamentos de tecnologia, comprados pelos departamentos, em sua maioria, com dinheiro de eventos e grupos de fomento à pesquisa, estão desativados e empilhados nos corredores, por falta de estrutura que possa assegurar que sejam ligados sem nenhum risco de dano ou incidente.

Nas salas do Programa de Desenvolvimento da Pesquisa na Uern (Prodepe), a situação dos aparelhos é muito clara. Inúmeras caixas, todas fechadas, amontoam pelos corredores dezenas de aparelhos de tecnologia, e alto custo, que permanecem fechados, devido ao problema com a eletricidade.

O professor dr. José Ronaldo explica que esses aparelhos foram fruto de projetos de pesquisa financiados por agências de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Ele comenta que alguns dos equipamentos, que se encontram parados há mais de seis meses, possuem valor de mercado exorbitante.

“Alguns equipamentos aqui custam mais de 100 mil reais e estão guardados porque simplesmente não temos espaço para alocá-los. Nossa expectativa era que o prédio da Fanat tivesse suas obras concluídas, mas isso não aconteceu e dificilmente acontecerá até o fim do ano”, comenta o professor.

José Ronaldo ainda afirma que outro fator importante é que as agências de fomento, que patrocinam a pesquisa nas universidades, cobram relatórios anuais dos trabalhos, o que assegura o patrocínio para outras parcerias. No caso do Prodepe, os equipamentos parados ainda não produziram resultados, o que pode inviabilizar o fomento à pesquisa.

Comunicação e Serviço Social sofrem com descaso

Na Faculdade de Serviço Social (Fasso), a situação se repete, com alguns agravantes. De acordo com funcionárias do Departamento de Serviço Social (Desso), centrais de ar compradas há mais de um ano foram recentemente instaladas, porém ainda não podem funcionar por falta de sistema de energia que tenha condição de sustentar a carga sem danificar os aparelhos. Além disso, várias televisões de última geração, compradas para auxiliar no aprendizado dos alunos, estão encaixotadas por falta de segurança nas salas do campus.

“Esse material foi comprado com dinheiro de projetos de pesquisa e eventos que realizamos na faculdade, inclusive até a instalação fomos nós da faculdade que pagamos, mas infelizmente não adiantou, porque os equipamentos permanecem parados”, comenta a professora drª  Mirla  Cisne, que atualmente chefia o departamento do curso.

No bloco de Comunicação Social, a situação também é muito parecida e não menos desoladora. O curso, que em 2013 realizou um encontro regional de comunicação e arrecadou fundos, comprou algumas centrais de ar, que permanecem alocadas na sala do departamento do curso, também por falta de condições estruturais para a instalação dos equipamentos.

A representante estudantil Ana Paula Cardoso comenta que a rede elétrica do bloco de comunicação é antiga e que ainda não há condições de fazer a instalação, porque o Governo do Estado tem uma dívida com os fornecedores de material elétrico, que se recusam a fazer o serviço antes de receber o valor comprometido.

 

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