Pesquisa realizada pela ADUERN revela que ‘ensino remoto’ tem impactado vida de professores e professoras

A diretoria da ADUERN enviou, durante o mês de novembro, um questionário aos professores e professoras associados à entidade, com o objetivo de compreender os impactos causados pelo advento do ensino remoto como principal meio de trabalho às condições laborais e de vida dos docentes da UERN.

O estudo também teve como objetivo de obter informações para o sindicato e a categoria que possibilitassem uma visão geral dos eixos saúde/bem-estar/relações familiares, impactos financeiros e aspectos pedagógico, e assim identificar as reivindicações coletivas que possam representar os anseios de professores e professoras acerca da temática, uma vez que o ensino remoto continuará sendo o modelo adotado pela UERN durante o semestre 2020.2

Durante os primeiros dias, 214 professores e professoras responderam ao questionário enviado pela ADUERN. Destes, 77,7% afirmou que o ensino remoto alterou sua rotina familiar, 73,8% disseram não ter tempo ou o tempo foi insuficiente para descanso e o lazer,  43% afirmaram que o ensino remoto elevou suas despesas mensais, 71,2% consideram importante o recebimento de um auxílio para fazer frente às novas exigências de equipamentos e qualificação e 45,9% disseram que estão passando mais de 8 horas à frente do computador ou outro eletrônico.

No que se refere ao adoecimento laboral, um total de 65,6% dos docentes que responderam ao questionário afirmou que se sente estressado, 47% afirmaram sofrer com distúrbios no sono e 68% com dores na coluna. Além disso, diversos outros problemas foram elencados pela categoria, tais como irritação dos olhos, dores nas articulações, mudanças de humor, distúrbios circulatórios, problemas gastrointestinais entre outros.

O resultado geral do questionário pode ser acompanhado CLICANDO AQUI. Os docentes que ainda não participaram podem fazê-lo por meio de um link no mesmo endereço.

Retorno com segurança – Durante o período da pandemia, a ADUERN realizou uma série de atividades buscando discutir o ensino remoto e a dinâmica docente durante este período.

O observatório do ensino remoto foi uma destas iniciativas. Plataforma virtual criada pelo sindicato no mês de agosto deste ano, vem recolhendo depoimentos de professores e professoras acerca dos impactos deste modelo de ensino para categoria e apresentando documentos e orientações sobre o trabalho docente neste período.

Também durante o período, a ADUERN realizou uma série de atividades buscando ouvir com detalhes as problemáticas referentes ao ensino remoto. A partir destas informações, pode reivindicar junto á administração central da universidade, melhores condições de trabalho para a categoria.  

Anteriormente a categoria já havia decidido, em assembleia geral,  concordância com  modelo de ensino remoto para o semestre 2020.2 e posteriormente, em outra assembleia aprovou a construção do questionário como forma ouvir o que os professores professoras pensavam acerca do modelo de ensino empreendido.

Outra estratégia utilizada foi a participação de lives, em parceria com as entidades representativas dos segmentos da universidade (DCE e SINTAUERN) e também com representantes de outros sindicatos e instituições para compartilhar aflições e construir saídas para os problemas latentes do ensino remoto.

A Aduern  segue em sua compreensão que ensino remoto não é a forma mais adequada para a transmissão do conhecimento universitário nem para garantia de condições laborais dignais, mas, diante da pandemia do coronavírus e da falta de medidas sanitárias adequadas que permitam um retorno presencial com segurança, ainda é o modelo menos prejudicial à saúde de professores estudantes e servidores técnicos.

COMPARTILHE