Quem não pode com a formiga, não acende o formigueiro!

Desembargador Cláudio Santos enfrentou a resistência dos lutadores e lutadoras da UERN

dsc_1428

O dia de ontem (08) certamente demorará muito a sair da memória do Presidente do TJ/RN e Desembargador Cláudio Santos. Após afirmar e reafirmar na imprensa a opinião de que a UERN deveria ser privatizado, o jurista conheceu de perto a resistência dos lutadores e lutadoras que constroem diariamente a universidade. Docentes, técnicos e estudantes mostraram que a instituição de ensino é um grande “formigueiro” aceso e atento aos ataques e desmandos dos Governos.

Com compromissos marcados no fórum da cidade e também em veículos da mídia local, Cláudio Santos viu sua agenda ser interpelada por um estrondoso movimento formado por docentes, estudantes, técnicos/as da UERN, além de dezenas de servidores da Justiça, que montaram uma vigília em frente ao prédio do poder judiciário de Mossoró.

Um dia de protesto – Já às 8h os manifestantes lotavam a frente do Fórum e aguardavam a chegada do jurista, que ainda não havia nem saído de Natal. Ávidos pelo encontro com a autoridade e ansiosos pelo debate sobre a crise vivida no RN , os/as manifestantes não se incomodaram nem com o sol escaldante que já tomava conta da capital do oeste potiguar àquela altura.

No decorrer da manhã lideranças, políticos locais, dirigentes sindicais e representantes de movimentos sociais realizaram falas defendendo a importância da UERN e denunciando o absurdo contido na proposta de privatização feita pelo Desembargador.

“Este é um momento que vai ficar para a história da cidade. O dia em que estudantes, professores e a sociedade como um todo se levantou contra os desmandos que o Governo tenta emplacar, privatizando um ensino gratuito que há anos vem formando o povo do Rio Grande do Norte. Vamos ficar aqui até a noite e mostrar a Cláudio Santos qual é o seu devido lugar”, destacou o professor do Departamento de Comunicação Social Esdras Marchezan.

À tarde, já com a presença de um forte aparato policial (que contou com o efetivo da PM: Polícia Ambiental, Rodoviária Estadual e GTO), o movimento seguiu realizando o protesto contra os posicionamentos do desembargador. Os militares organizaram um cordão de isolamento que impediu que os manifestantes se aproximassem dos portões do Fórum, o que não foi suficiente para barrar a empolgante manifestação nas imediações do prédio.

dsc_0082

Por volta das 16h o magistrado chegou ao Fórum para cumprimento de sua agenda. Usando de uma estratégia ardilosa para escapar do movimento e contando com o apoio das forças policiais, Cláudio Santos forjou sua entrada no local em um carro enquanto desviou usando outro veículo. O desembargador também se negou a utilizar a rampa principal de acesso ao prédio (veja o vídeo de sua entrada pelos fundos), desviando dos servidores da justiça, que aguardavam no hall de entrada para demonstrar sua insatisfação com o jurista

Motivados pelo espírito de resistência, os/as manifestantes permaneceram em vigília na entrada do Fórum até as 17h, quando o Desembargador deixou as imediações do prédio, novamente escoltado por forte aparato policial.

dsc_0138

COMPARTILHE