#ResisteUEPB: Docentes em greve ocupam reitoria e radicalizam luta contra sucateamento da instituição

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Em greve desde o dia 12 de abril, professores da Universidade do Estado da Paraíba (UEPB) ocuparam na manhã de ontem (1) o prédio da Reitoria da instituição. A ação radicalizada foi motivada pela intransigência e falta de diálogo do reitor Rangel Junior e de Ricardo Coutinho, Governador do Estado.

A ocupação foi iniciada por volta das 6h30, com o esclarecimento dos técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados sobre o movimento. Por volta das 7h, o portão principal foi fechado e a partir de então ninguém entrou no complexo da administração. Um servidor comissionado chamou a Polícia Militar, mas uma equipe esteve no local, colheu informações sobre o movimento com o Comando de Greve e, depois de constatar a normalidade da situação, foi embora.

Em carta aberta enviada ao Governador da Paraíba, o Presidente da Associação dos Docentes da UEPB (ADUEPB), Nelson Silva Junior, afirma que o Reitor da instituição, cancelou uma das entradas de alunos oriundo do SISU  para o ano de 2017, alegando falta de condições orçamentárias e que isso irá prejudicar mais de 2700 jovens que poderiam ingressar na universidade.

Ele também destaca: “Neste aspecto me toca, especialmente, o fato que ao menos 50% destes alunos seriam oriundos de escolas públicas de ensino médio. A grande maioria da Paraíba. São jovens que perderão, ou pelo menos retardarão a oportunidade de realizar o sonho de ter um curso superior”.

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A GREVE – Precarização nas condições de trabalho, sucateamento, insegurança, diminuição radical no número de vagas ofertadas e demissão de servidores são só alguns dos desafios enfrentados cotidianamente por professores e professoras da universidade paraibana.

A greve, que paralisou todos os campi da instituição tem ganhado massivo apoio popular e também nas redes sociais onde repercutiu nos principais portais de notícias do estado;

A pauta de reivindicação construída pela categoria reforçou a necessidade urgente de reposição salarial de 23,61%; cumprimento da Lei de Autonomia; revogação da lei 10.660/2016, que congelou salários e progressões de carreira; cumprimento da parte do Governo do acordo que encerrou a greve de 2015;

A categoria também reivindica a ampliação e melhoria da política de assistência estudantil e garantia dos valores do duodécimo da UEPB de acordo com o orçamento construído e aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni) e encaminhado ao Governo, no valor de R$ 410 milhões.

Nelson Junior, presidente da ADUEPB explicou em um vídeo o porquê da ocupação à reitoria da universidade. Ele destacou a importância da negociação para que o movimento paredista possa chegar ao fim. Confira o vídeo na íntegra:

Com informações da assessoria da ADUEPB e do ANDES/SN

FotoS: Assessoria ADUEPB

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