A comissão da campanha salarial docente da UERN, composta por membros da base e pela Diretoria da Aduern, entregou a pauta de reivindicações da categoria à Reitora da universidade Cicilia Maia, em audiência na manhã de hoje (10) na Sala dos Conselhos.
A pauta é fruto de um estudo realizado pela comissão e pelas discussões travadas em assembleia da categoria, que, dentre outras coisas, apontou o percentual de perdas salariais dos professores e professoras e o índice de reposição reivindicado pela categoria. A construção desta pauta também compreende o cenário de insatisfação em uma parcela significativa da categoria pós-implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), inclusive com redução no salário líquido de alguns professores e professoras.
Em relação ao índice de reajuste foi definido em assembleia o percentual de 79,77%, que é correspondente a inflação do período de 2012-2021 (de 2012, data do último acordo salarial, até 2021. Período que a categoria não teve nenhum aumento ou recomposição salarial).
De acordo com a comissão neste percentual está inserido um ajuste nos percentuais de titulação ( 12,5% para Classe I; 17,5% para Classe II, e, 27,5% para Classe III), cuja metodologia usada aumenta na mesma proporção os percentuais presentes atualmente no novo PCCR, valorizando o vencimento.
O objetivo central da proposta é concluir a implementação do PCCR até 2025, de modo que a categoria se sinta valorizada, mesmo consciente que ainda não foi dessa feita que se dará a recuperação de suas perdas salariais de modo integral;
Outro ponto abordado na reunião foi a mudança no Parágrafo Primeiro do Artigo 31 da Lei Complementar N° 700, de 24 de março de 2022. Neste ponto em especial, professores aposentados e aposentadas presentes na reunião e que buscam melhorias no PCCR, apresentaram sua insatisfação em relação ao enquadramento e sugeriram à Reitoria mudanças na redação da lei.
A reitora da UERN, Cicilia Maia ouviu as colocações em relação às mudanças no PCCR e se comprometeu a estudar formas de modificar a lei e reverter os prejuízos apontados pela ADUERN e pela base.
“Vamos nos debruçar em cima destas sugestões. Avaliar as possibilidades diante das nossas condições orçamentárias e tentar minimizar os prejuízos que tivemos com a implantação do PCCR”, finalizou Cicília.
A ADUERN acredita que há um novo contexto, iniciado pós a aprovação e enquadramento do PCCR e que neste momento é fundamental realizar as mudanças necessárias e garantir melhorias para quem foi prejudicado pelo novo modelo de carreira. “É preciso ter sensibilidade e compreender as especificidades da categoria. Nosso PCCR não pode ignorar a realidade dos professores e professoras aposentados e nem de quem saiu perdendo com esse enquadramento”, destacou o presidente do sindicato, Neto Vale.
Confira o documento entregue pela Comissão na íntegra clicando AQUI